2006-07-18

Dependência da máquina

Sempre encarei o meu carro como uma ferramenta necessária.
Eu preciso dele.
Preciso do que ele faz por mim.

Mas não lhe tenho qualquer afecto especial.
É-me imprescindível pela função que executa mas não enquanto objecto.
Não sou daquelas pessoas que passa a vida à volta do carro, a analisar riscos e manchas, a verificar os níveis disto e daquilo, a testar a pressão dos pneus.
Limito a manutenção ao básico, as lavagens ao mínimo (ok, ok, geralmente abaixo do mínimo, reconheço).
Na verdade, só lhe dou a devida importância quando ele ameaça falhar-me.
Chegou a andar vários meses (e muitos quilómetros) com uma luz acesa no painel porque, segundo o manual, não era nada urgente de se resolver.
E apenas quando esse problema se acumulou a um outro que o fazia andar engasgado e com falta de potência, é que o levei, finalmente, à oficina.
E aí, foi ver o meu ar preocupado a descrever todos os sintomas.
E como, depois de ouvir tudo e de olhar para aquele monte de tralha que existe debaixo do capot, o mecânico continuava em silêncio, consegui surpreender-me a mim mesma ao ouvir-me perguntar:
- Mas diga-me alguma coisa... É grave?
- (riso) Não se preocupe. Vai ficar baratinho.
- Sim, sim, está bem. Mas posso levá-lo ainda hoje, certo?

11 comments:

At 7/19/2006 9:05 da manhã, Blogger joaninha said...

Meus sentimentos exactamente! Mas passo-me quando tenho de sair da minha rotina e levá-lo à oficina, por causa de uma qualquer luz que acende e que não interessa nada!

 
At 7/19/2006 11:29 da tarde, Blogger 1/2Kg de Broa said...

Va lá... ao menos tens um carro que acende as luzes do painel de instrumentos! Já eu...

 
At 7/20/2006 6:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é pá...(não é o gelado), isto de ser mulher e de se estar pouco marimbando para os carros tem muito que se lhe diga.
ainda há uma semana estava a discutir com um amigo por causa disso: só quando olho para o carro e o vejo numa grande lamúria é que me lembro que ele precisa de mim.
pois, as relações são mesmo assim: com dois sentidos. ainda mais esta relação dona#carrinho lindinho. ;)

 
At 7/21/2006 6:00 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

Joaninha:
pois, precisamente...
Daí ter andado meses com uma luzinha acesa.
Uma vez dei boleia a uns colegas e um deles avisou-me da luzinha.
A minha resposta foi "Não te preocupes. Ele anda na mesma."
Mas ele fez uma cara de preocupado na mesma...

 
At 7/21/2006 6:03 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

1/2 kg de broa:
Bem, pelo menos aquela acende...
:))))))))))))))))))

 
At 7/21/2006 6:07 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

Raquel:
As relações têm dois sentidos mas, neste caso, o sentido Rita->Pópó é muito fraquinho......

 
At 7/21/2006 6:10 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

LicasTricas:
Vá lá que não queriam substituir a biela da cambota...
:))))))))))))))))))))))))))))
No sítio onde vou não costumam arranjar "extras". Levam caro pela mão de obra. Chulam-me na mesma mas eu sinto-me menos dorida ;)

 
At 7/23/2006 5:37 da tarde, Blogger Mae Frenética said...

Eu ainda consigo ser mais insensivel, do genero: "Ok, é da empresa, se parar eles q resolvam e me arranjem outro para substituição!!"

 
At 7/24/2006 10:52 da manhã, Blogger joaninha said...

Um apontamento para a mãe frenética: isso é q eu gostava, não ter de me preocupar, a empresa que resolva. Ai ai...

 
At 7/26/2006 11:58 da manhã, Blogger Rita Rabiga said...

Mãe Frenética:
Ui, o meu carro está com peninha do teu...
;)

 
At 7/26/2006 11:59 da manhã, Blogger Rita Rabiga said...

Joaninha:
Também gostava.
Um dia, quando for grande...

 

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