2006-12-19

Música na horta



Há algum tempo, travei conhecimento com o conceito "Música Vegetal".
A música vegetal, por muito extraordinário que possa parecer, toca-se com vegetais.

Abóboras, principalmente.
Isto, segundo a descrição do autor do conceito e do primeiro CD do género, Américo Rodrigues (tinha de ser um tuga para se por a brincar com os legumes em vez de trabalhar na horta).
Claro que fiquei bastante curiosa de ouvir o som do pecíolo da aboboreira.
Quem não ficaria?
No entanto, a minha curiosidade depressa se transformou em desilusão.
A música soou-me muito pouco a pecíolos de aboboreira e muito a sons electrónicos.
É claro que eu nunca tinha ouvido um pecíolo antes e podem sempre colocar a questão "Como é que sabes que o que ouviste não era o som dos pecíolos?".
Mas já ouvi sons electrónicos.
E eu até posso ser uma rapariga da cidade mas uma coisa eu sei: as abóboras não são electrónicas.

6 comments:

At 12/19/2006 5:47 da tarde, Blogger e said...

mas olha que no final dos concertos come-se sempre uma sopa à custa dos instrumentos!

 
At 12/19/2006 5:51 da tarde, Blogger Ana said...

As abóboras não são electrónicas? Não seriam geneticamente modificadas? Mas eu tb ouvi o CD e aquilo parece mais um mau sonho surrealista com sons electrónicos à mistura, do que uma orquestra de vegetais...
Bem, se havia música "pastilha-elástica" (para ouvir e deitar fora), porque não música vegetal? Viva a democracia... e a imaginação, já agora...

 
At 12/20/2006 3:51 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

Enxofre:
pode ser que pela sopinha já valha a pena ir assistir aos concertos

 
At 12/20/2006 3:55 da tarde, Blogger Rita Rabiga said...

Ana Flamenca:
Sim, tu que partilhaste comigo esses belos momentos de música vegetal é que entendes bem... "um mau sonho surrealista com sons electrónicos à mistura"... ahahahah

 
At 12/21/2006 5:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Também eu estive envolvido nessa experiência alucinante de música vegetal, que definitivamente não serve para acompanhar uma viagem de carro.
Talvez ao almoço a acompanhar a sopa...

 
At 9/13/2007 11:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Também eu ouvi o tal disco (será que os leitores anteriores o ouviram mesmo? Nem sequer referem o nome- Aorta tocante). Primeiro, o disco é tb de poesia sonora que as leitores do rabinho talvez não saibam o que é. Segun do, o som dos pecíolos está lá e em tratamento electrónico. O problema é que a rabiga não sabe identificar o som grave do instrumento. Falma de surrealismo, mas sobre isso só tenha a dizer: santa ignorância!
A rabiga pode gostar ou não da música ouvida, mas a crítica saiu-lhe pífia e ligeira.
Eu não só gostei do disco, como admiro o trabalho com a voz feito por Américo Rodrigues. A rabiga e a flamenca devem ter ouvido outra coisa qualquer.

 

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