2006-02-27

Palhaçada


Todas as semanas deviam ser como esta.

Com um feriado pelo meio.

Mesmo que fosse para palhaçadas.

2006-02-23

Posso sonhar...

A Administração não quis assinar a carta que lhes coloquei em cima da mesa.
As razões foram apresentadas mas eu não as entendi muito bem.
Acho que envolvia qualquer coisa chamada "comportamento desenraizado da realidade".
Afinal, parece que não vou ter 10 dias de férias extra.
Resta-me...





... o sonho.

2006-02-21

Estou Snoopy...

Sonho com o impossível mas comporto-me como se fosse verdade.




2006-02-20

Birra











O meu desertador é birrento.

Há dias em que não cumpre a sua função: despertar-me.

Eu compreendo que a tarefa não é fácil.

Desperta pontualmente para me avisar que são horas de levantar.

E eu mando-o calar. Uma vez. Duas vezes. Às vezes mais...

"Ahhh, agora não! Volta a chamar-me daqui a 10 minutos."

E acciono o botão Snooze.

Para não falar nos olhares fulminantes que lhe lanço.

Isto, claro, quando consegue finalmente que eu abra os olhos para ele.

Então, de vez em quando, ele revolta-se.

Mas fá-lo discretamente. De forma a que eu não o possa culpar de nada.

Porque ele liga-se à hora marcada. Mas com o volume no mínimo!

Nesses dias, o que me vale é que, do outro lado da cama, há outro despertador.

É que a vida a dois tem muito de partilha mas também de duplicação de recursos.

2006-02-17

Desculpas

Na Índia, o Dia de S. Valentim foi motivo de actos de violência.
Radicais hindus vandalizaram lojas de prendas e destruíram milhares dos típicos postais de namorados.
Homens armados patrulharam as ruas com a pretensão de obrigar todos os casais que trocassem carícias em públicos a contrair matrimónio.
Tudo isto porque consideram o Dia dos Namorados uma importação abusiva do Ocidente com o objectivo de minar os usos e costumes daquele país.

De facto, para actos de violência basta uma desculpa.
E nem precisa de ser uma boa desculpa.
Ao menos, podiam ter argumentado que se tinham sentido ameaçados pelo ar agressivo do Cupido, sempre pronto a usar o seu arco e flecha.


2006-02-10

Pausa












Mergulhada num turbilhão de ficheiros, e-mails e telefonemas.
Assim estava eu.
À procura de um novo fôlego, vim à superfície, enchi os pulmões de ar e agarrei-me a algo que boiava a meu lado.
Era um fim de semana.
Pelo menos durante os próximos 2 dias poderei manter-me agarrada a ele.
Até mergulhar de novo...

Manias, manias...

Não gosto de correntes.
Muito menos das que chegam por e-mail com ameaças de que, se não as passarmos, nos vão acontecer coisas terríveis.
Essas costumam levar com um delete em cima. "Ora toma!".
Mas a Carlota desafiou-me a listar 5 manias minhas.
E a passar esse desafio a outras 5 pessoas.
Inicialmente, pensei em refugiar-me na mania de quebrar correntes.
Mas fiquei a pensar nisso. "Quais são as minhas manias?"
E tanto pensei que acabei mesmo por listar 5 na minha cabeça e elas aqui estão:

1) ver televisão sentada no chão, mesmo quando todos os sofás estão vagos

2) interagir com o espelho (falar, sorrir, piscar o olho, pôr a língua de fora,...)
3) reparar nas mãos das outras pessoas
4) cantar todas as músicas que passam na rádio quando vou no carro sozinha
5) ter vários pares de brincos espalhados na mesinha de cabeceira mesmo sabendo que uso quase sempre os mesmos

Agora não vou passar a corrente a ninguém.

Quem quiser que continue...

2006-02-02

Finalmente!

A minha expectativa não era muita.
Afinal, eu já tinha estado naquela situação antes.
E nas vezes anteriores, ele nunca tinha feito aquilo que eu tanto queria que ele fizesse.
Mas, ontem...
Ontem, após tanto tempo...
Ele, finalmente, tirou-me o aparelho!




E acabaram-se os sorrisos assim.

2006-02-01

Fantasia



E os ficheiros vão-se acumulando à minha volta.
Uns rastejam para debaixo da secretária e até me esqueço que lá estão.
Outros esvoaçam junto das lâmpadas fluorescentes do tecto.
E alguns aninham-se no meio das pilhas de papel pousadas em cima da secretária.

De vez em quando, imagino-me a dar umas borrifadelas com um ficheiricida e a acabar com eles todos.
Depois, imagino o meu chefe a entrar na sala e a ver os ficheiros a estrebuchar no chão.
Os ficheiros gemem, o meu chefe grita e eu rio-me como uma louca.

A seguir volto à realidade e analiso mais um ficheiro.