2005-11-30

Técnicas de Persuasão

A cabine de provas de uma loja.
Lá dentro, eu, dois pares de calças e a indecisão.
A indecisão sussurrava-me:
“Levas estas. Não, não, aquelas. Ou estas?”
A cena arrastava-se já há alguns minutos quando apareceu a funcionária da loja e me abençoou com um sorridente:
“Ambas lhe ficam muito bem.
Assentam-lhe muito bem no rabo.
Fica com um rabo muito jeitoso.”
Comprei os dois pares.
Ganhei o dia.

Hummmm?
Técnicas de vendas? O que é isso?
E o que é que isso importa quando nos convencem que o nosso rabo é jeitoso?
Nem que seja por uns minutos…

2005-11-28

Cores de Outono

Dias frios.
Dias curtos.
Mas carregados de cores quentes e vibrantes...


(Giardino Autunnale de Vincent Van Gogh)

2005-11-26

Distribuidores de Tarefas

A nível profissional, contacto diariamente com técnicos, operadores, directores, administrativos e… distribuidores de tarefas.
Estes últimos têm uma função que me intriga deveras.
Para eles, o trabalho é uma espécie de baralho de cartas.
Recebem, baralham, partem e dão.
Recebem o serviço do seu superior hierárquico e distribuem-no pelos seus subordinados.
E é só.




Depois, sobra-lhes tempo.
Para comentar a vida de toda a gente.
Para controlar o tempo que os outros gastam em telefonemas pessoais e na internet.
Para ver catálogos de economato e escolher as cores e os formatos das pastas de arquivo para o próximo ano.
E, claro, para queixar-se que têm muito que fazer...

2005-11-24

Primeiro Mesário

O Rabinho de Fora completou 1 mês de idade!!!

O primeiro rabinho, A menina e a Cabra, foi posto de fora em 24 Out.
Desde então, foram já lançados na blogosfera 13 rabinhos.
Para assinalar o acontecimento, não podiam faltar os agradecimentos.

Gostaria de agradecer a todos os que aqui vêm.
Em particular, aos que me puxam o rabinho.
(ou deixam comentários, em rabiguês)

Gostaria também de agradecer a MissPearls.
Pela referência no seu post de dia 22 Nov a este modesto blog.
E a MCM. Pelo link na Terra do Sol.

E gostaria de agradecer ao Nhato.
Pelas dicas na criação do template do blog e pelo tempo cedido no computador lá de casa.

Muito Obrigada!!!

2005-11-23

Reclamação!!!


(imagem retirada de www.pavilhaoatlantico.pt)

Os Coldplay actuam hoje no Pavilhão Atlântico.
Grrrrrrrrr!
Hoje, quarta feira.
Grrrrrrrrr!
Em Lisboa.
Grrrrrrrrr!
Ora, para quem tem de trabalhar hoje até às 19h...
E tem de trabalhar amanhã de manhã...
E trabalha e vive na zona do Porto...
Concerto à quarta feira, em Lisboa, não dá muito jeito!
Grrrrrrrrr!
É que não dá mesmo jeitinho nenhum!
Grrrrrrrrr!
Principalmente nesta altura do ano em que os dias de férias já estão esgotados...
Mas quem é que faz a programação do Pavilhão Atlântico?
O concerto dos Backstreet Boys foi a uma sexta feira...
E agendam os Coldplay para uma quarta?
Onde é que eu posso apresentar uma reclamação?
Grrrrrrrrr!
Enquanto "rosno", vou ouvindo os CDs...

O Valor de um Blog

"Quanto é que vale o seu blog?"
E eu pensei: "Hmmmm... O meu blog não tem preço."
Mas, como gaja curiosa que sou, não resisti.
Pedi uma avaliação.
E não é que eu tinha razão?
O MEU BLOG NÂO TEM PREÇO!




Ahhhhh, Dane Carlson (criador do how-much-is-your-blog-worth)...
Deixa lá os dólares...
Tu querias era ter um Rabinho de Fora como o meu!

2005-11-21

Roupa Rabo-de-Fora

Comprar roupa é uma tarefa na qual tenho acumulado alguma experiência.
Graças a isso, desenvolvi alguns truques.
A roupa vai ser usada enquanto fazemos variados movimentos.

E, por isso, é importante testar o lado prático de cada peça.
Por exemplo, quando compro uma blusa mais decotada, faço o teste do espelho.
Debruço-me em direcção ao espelho.
Se vir reflectida a imagem do meu umbigo, é porque aquela peça não é prática.
(é claro que, se eu gostar muito, muito, pondero a hipótese de a comprar na mesma mas sei que, sempre que a usar, vou ter de ter “cuidados especiais”)
Quando compro uma saia curta ou travada, faço 3 testes.
Sento-me. Debruço-me. Levanto uma das pernas.
Se o resultado for uma imagem pouco conveniente, a saia não é prática.
Se eu não conseguir fazer nenhuma das 3 coisas… “bem, esquece, tira isso”.

Nas minhas últimas idas às compras, não tenho precisado deste teste.
Com esta moda das calças de cintura muuuuito descida e das saias-cinto, o teste torna-se desnecessário.
Eu SEI que se tiver aquilo vestido, assim que me sentar ou debruçar, vou ficar com o rabo de fora.
E o único rabo que pretendo exibir publicamente é o RabinhoDeFora…
E então não compro saias-cinto. Nem calças de cintura muuuuito descida.
Mas dou comigo a pensar:
“E as gajas que vestem estas coisas?
Deve-lhes acontecer o mesmo.
Quando elas se sentam o que é que elas fazem ao rabo?
Metem-no na mala?”


2005-11-16

O Monstro Peganhento

Hoje tenho um monstro peganhento comigo.
Vai agarrado a mim para todo o lado.
Sentou-se em cima da minha cabeça.
Pesa-me.
Com as mãozinhas peganhentas, empurra as minhas pálpebras para baixo.
Esforço-me por manter os olhos abertos.
Aperta-me o nariz.
Tenho dificuldade em respirar.
Coloca os seus tufos de pelo dentro da minha boca.
Tusso. A minha garganta está desfeita.
“Sai de cima de mim, peganhento!”
O monstro da constipação ri.
“Maldito!”


Nota de agradecimento: gostaria de agradecer ao monstro peganhento por ter servido de fonte de inspiração para o meu post de hoje. A minha falta de inspiração e os meus baixos níveis de energia, tinham-me levado a pensar que este blog não iria crescer durante uns dias.

(Lá estou eu a ver o lado positivo disto…)

2005-11-14

Bits e bytes perdidos

Hoje, às 16h30, o meu computador amotinou-se!
Eliminou um ficheiro, no qual eu estava a trabalhar desde as 10h.
Esquartejou-o em bits e bytes irrecuperáveis.
E eu tive de assistir a tudo...
É claro que tentei demovê-lo:




Mas o computador não se intimidou com o meu ar ameaçador.
Continuou impassível, como sempre...
E eu tive de refazer tudo. Grrrrrrrr!!!!!!!
Os computadores também terão cabras dentro deles?


2005-11-11

A Gripe das Aves e a Cultura

Estreia hoje no Teatro Nacional S. João, a peça "Ella" de Herbert Achternbusch, com Clara Joana e Fernando Mora Ramos.
Ella e o filho Joseph vivem num galinheiro. A mulher vive absorvida pela programação televisiva e não diz palavra. Ele prepara o café, de avental à cintura e penas de galinha na cabeça. É quando começa a falar sem parar das decepções da vida de ambos (para compensar o que a mãe sempre calou), dos anos do nazismo ao «boom» económico.

Hoje, ao ler no jornal sobre a estreia desta peça fiquei a saber que, originalmente, para além dos dois actores humanos, estava previsto estarem também em palco duas galinhas! No entanto, devido às precauções dos últimos tempos relativamente à gripe das aves, os animais foram retirados do elenco.

Sou só eu que acho que não estamos perante um possível caso de pandemia mas sim de histeria colectiva?
Já nem deixam as galinhas participar nos eventos culturais do país...


Puzzle





Indecifrável até para mim...

2005-11-09

A formiga Rabiga

(baseado numa história tradicional infantil)

Era uma vez, um coelhinho que vivia numa toca muito confortável.
Um dia, quando voltou para casa, a porta estava fechada.
Tentou empurrar a porta quando ouviu de lá de dentro:

- Quem é? Quem está aí?
- Eu sou o coelhinho.
- E eu sou a cabra cabrês, que te salto em cima e te faço em três!
O coelhinho ficou muito assustado e foi pedir ajuda aos amigos.
Encontrou o boi, o cão e o galo mas nenhum ousou enfrentar a cabra.
A formiga, que era muito Gaja, ofereceu-se para ajudar o coelhinho.

Foram até à toca do coelhinho, bateram à porta e ouviram:
- Quem é? Quem está aí?
- Eu sou o coelhinho.
- E eu sou a cabra cabrês, que te salto em cima e te faço em três!

A formiga ficou muito irritada: "Quem é que esta gaja pensa que é?"
- E eu sou a formiga Rabiga, que te salto em cima e te furo a barriga!
Depois, entrou pela fechadura.
Passados uns minutos a cabra cabrês saiu a correr, contorcendo-se com as cócegas que a formiga lhe tinha feito na barriga.
E o coelhinho pode voltar para a sua toquinha...

Conclusão:
Uma simples formiga pode fazer muitas "cócegas".
Uma Rabiga irritada pode ser pior que uma cabra.


Nota adicional:

Rabiga, adjectivo: que mexe muito o rabo; que nunca está quieta (fonte: infopedia.pt)

2005-11-08

Até para o ano...

Teve de ser. Tive de me resignar.
Até agora, tinha andado a enganar o frio.
Uns casacões por cima de blusas sem manga...
Uns momentos arrepiados...
Mas o frio acabou por vencer.
Agitei a bandeira branca e pus-me ao trabalho.
Mudei para o guarda-roupa de Inverno.
Andei a tirar as camisolas dos saquinhos plásticos.
A retirar as protecções que escondiam as calças de fazenda e as saias de bombazine.
(obrigada mãe por me habituares a este ritual de mudança de estação; a roupa assim guardada está sempre impecável para vestir)
O meu quarto parecia uma feira.
Num montinho o que eu já não quero.
(só está a ocupar espaço, vou despachar isto)
Noutro montinho a roupa de Verão para lavar.
Noutro montinho a roupa de Verão que está pronta para arrumar.
(Até para o ano.....)
E tantos outros montinhos que já nem sei o que têm.
No final, o aspecto do meu guarda-roupa está diferente.
Agora predominam os castanhos, os pretos e os cinzentos.
A cor "fugiu".
Até eu estava quase a ficar cinzenta quando, em regozijo, notei:
As gavetas não estão cheias e ainda tenho cruzetas vazias.
Vou ligar à A. Temos de marcar, urgentemente, uma ida às compras!

2005-11-02

O Lado Positivo

Este fim de semana, ao vaguear pelos canais de televisão, deparei-me com o que seria, alegadamente, um exemplo de como funciona a mente masculina.
Pondo de parte discussões sobre o que é isso de "mente masculina" e qual será a melhor (ou não) maneira de exemplificar o seu funcionamento, passo a descrever o "teste" que foi posto em prática: duas mulheres - uma loura, 55 kg, mini-saia e botas de cano alto e uma morena, 70 kg, roupa largueirona - percorreram, à vez e várias vezes, um local muito movimentado (pareceu-me ser uma estação de comboios), procurando demonstrar extrema dificuldade em transportar 2 malas.

O resultado do teste não me espantou.
A loura, de todas as vezes que entrou no local, foi prontamente ajudada por um "cavalheiro" que, além de lhe transportar uma das malas, procurou estabelecer conversa.
A morena, apesar de todas as dificuldades demonstradas, foi ajudada uma única vez, por uma mulher.

Mas, o que eu achei graça foi como ambas podem sair satisfeitas da situação.
A loura alimenta o ego com o facto de ter chamado a atenção dos homens e, assim, ter conseguido ajuda.
A morena pode orgulhar-se de ter conseguido transportar as 2 malas sozinha, sem ajuda.
O que é preciso é ver as coisas pelo lado positivo!